quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Gritar para um alguém/ninguém ouvir...

Não sou mais o mesmo jovem que criou esse blog a 2 anos atrás. Sou bem pior. Meus valores se deturparam e minha ignorância agora está mascarada com um ar de sabedoria. Sinto -me culpado por tudo que ocorre a minha volta mas se nada faço para reverter isso, sinto como se negasse a minha própria existência. Antes o coração que movia o cérebro para que racionalizasse aquilo que me incomodava quando jovem, agora perde tempo com preocupações menores, e muitas vezes, desnecessárias. A cada dia que passa me afasto daquilo que sonhei para mim e deixo coisas sem valor tomar conta das minhas ocupações cotidianas. Peço desculpa a todos aqueles que gostavam da minha antiga escrita. Aquela com críticas, raivas e uma pitada de sarcasmo. Eu era jovem movido pela raiva da adolescência e sinto que agora me torno homem tomando os comprimidos do conformismo. Sou uma sombra do que já fui. Perdi meu instinto de reivindicar, de fazer ser ouvido, de fazer força para que os outros olhassem o mundo com os meus olhos de insatisfação e desprezo... Estou jogado as traças do tempo correndo atrás de objetivos vazios. Sem desejos, sem prazeres... sem amores. Cada vez mais oco. Cada vez mais só.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Gênios..


Nunca me achei inteligente em nada que fiz. Nunca, por mais que a situação fosse favorável, ignorei as pessoas por acharem que sabiam menos do que eu. Se sentir superior não faz parte do meu ser. No meio do meu ócio me peguei pensando que jamais fui digno do status de gênio mas esses sempre existiram por ae, não o meu status mas pessoas que assim foram chamadas,  e isso me faz pensar coisas que as vezes me deixam triste. Porque eu não sou assim? Porque por mais que eu me esforce sinto que jamais serei como esses 'gênios'.

Foi então que li em algum lugar que Mozart se dedicava horas e horas ao piano para compor suas lindas melodias. Em uma entrevista Kasparov, que foi considerado por muitos o melhor jogando de xadrez de todos os tempo, dizia que treinava sozinho durante mais de 6hrs por dia até conseguir ganhar seus primeiros torneios. Ambos, tanto Mozart quanto Kasparov, tinham característica simples e fácil de se identificar, ambos gostavam do que faziam. Quando se faz o que gosta, não importa o que seja, horas se dedicando a isso serão como minutos, aprender o que se deve aprender se tornará fácil e prazeroso.

E essas coisas sempre me fizeram pensar o seguinte. A única diferença entre eu e um dito 'gênio' é que ele se dedicou mais a alguma coisa que gostava do que eu. Para ele foi simples e fácil aprender o que ele sabe agora. Pois teve prazer em saber, aprendeu a gostar do que tinha que fazer. Não é atoa que essas pessoas são como pessoas bem normais quando estão 'fora' de seu ambiente de trabalho e bem diferentes quando inseridas no meio que se sentem a vontade, mudam completamente o seu jeito de ser. Por isso a única diferença entre alguém mais inteligente que eu é a quantidade de tempo dedicada e o quanto cada um gosta de aprender sobre o que cada um tem que aprender.